15 agosto 2006


As palavras são apenas palavras.
Muitas vezes ocas de sentido.
Têm latitude e altitude. Mas não têm tudo.
E têm o poder; de magoar, ofender, alvejar, distrair, medir, amar, sentir, amansar.
Mal ditas quebram os silêncios e preenchem os espaços entre nós de distâncias.
Bem ditas esvaziam os silêncios e unem-nos ainda mais.
Mas são palavras.
E por mais que as digas, hoje não me preenches os espaços, nem sequer de raivas ou de distâncias.
Por mais que não as digas, hoje, os silêncios são apenas silêncios, distancias por cumprir entre nós.
Espaço que já não poderão voltar a ser recapitulados.
Porque as palavras podem ser repetidas.
Mas os gestos. Os actos. Os olhares. Até os silêncios.
Não podem ser repetidos. Nunca mais.
E é aí nesse local onde as palavras são só palavras. Ocas de sentido.

8.08.2006

Sem comentários: