24 agosto 2006


Olá. Olá meu querido e doce amor. Olá meu lindo Rei de todos os mares, navegados por mim e por outros. Olá Principezinho que habita o meu coração.
Esta carta serve apenas para te desejar um bom dia. Hoje, agora que o dia está a nascer, com uma breve brisa do final de Agosto que está a chegar.
E eu estou aqui à espera de alguma coisa.
Uma coisa que sei que não acontecerá. Simplesmente não acontece.
Tento manter-me colada à tua vida. Mas é indiferente o que faço ou deixo de fazer. Não faço parte dela. Por mais que me esforce. Tu não dás pela minha presença.
Mas ainda assim tento lá estar. Mesmo que tu não me vejas, não me sintas.
E nunca reparaste, pois não?, que aproveito todas as oportunidades para te tocar?
E nunca reparaste em todas as vezes que aproveitei as circunstancias para te por a mão no ombro, na perna, na mão, na cara?
Como se fosse uma coisa natural… mas era apenas o desejo de sentir o teu calor, a tua pele na minha a impelir-me para ir mais além.
Esta carta não tem qualquer intuito.
Não sabes quem sou. Não me reconheces no tom da voz na pele bronzeada, nem na chuva de Verão, e não sentes o meu perfume na brisa da manhã, quando abres o vidro do teu carro.
Não sentes o meu cheiro na tua cama, quando te deitas à noite, cansado.
Mas nunca é demais dizer-to.
Posso sempre fazer-te sentir a pessoa mais linda do mundo.
Porque o meu amor é grande e é extenso.
Porque o meu coração tem espaço para ti e para toda a tua ausência.
Mas agora preciso que me vejas.
Esta madrugada preciso que me abraces.
Está demasiado frio. O Outono aproxima-se a passos largos e eu não quero estar só. Outra vez.
Beijos, beijos, beijos. Apenas beijos. Porque sabes já que todo o meu amor é teu. E o meu corpo. E toda eu.

19.08.2006

Sem comentários: