07 agosto 2006


Esta madrugada sonhei.
Sonhei que me tinha perdido e que já não recordava os meus sonhos.
As minhas ilusões.
Já não recordava a que cheiravam elas e a que sabiam elas.
Pela madrugada fora procurei-as em gavetas cheias de memórias mas não me reconheci em nenhuma delas.
Na manhã emergente, procurei-me em caixas de recordações mas não me achei dentro, ou fora, de alguma delas.
Perdi-me.
E perdi a melhor parte de mim.
Aquela que se constrói nos anos de acreditar e de sonhar.
A pessoa que fui, ficou algures na memória de alguém, que de tanto me magoar me fez desvanecer.
Ou fui eu, que simplesmente deixei de acreditar?
E que num momento de perfeita loucura deitei fora os sonhos e as ilusões, construídos em tantas noites, e dias, de simplesmente acreditar.
Era: “Um dia será…”
Agora é apenas: “Aquilo que tiver de ser”.

06.07.2006

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