15 agosto 2006


Já experimentei todo o tipo de solidão.
Aquela solidão em que estou rodeada de gente, e aquela solidão que se sente apenas sozinha.
Mas também já soube o que é estar acompanhada estando acompanhada. Rodeada de gente, ou apenas com uma pessoa que nos enche a vida e a solidão.
Mas também já senti a solidão meia acompanhada, ou a companhia meia solitária.
Não parece muito diferente, pois não?
Também não interessa descobrir-lhes as diferenças.
São apenas formas de solidão, maiores ou menores.
Todas feitas de solidão.
Forma maior de destruir a alma, o espírito, a vida e o corpo.
Tudo, aos poucos.
Dando-nos um pouco, que me é retirado mais à frente.
Mostrando-me sempre o quanto sou uma marioneta nesta vida, tão comandada pelos outros.
E tão pouco importante.
E tão pouco capitão das minhas areias, das minhas águas, das minhas tempestades e bonanças.
Apenas sou.
Solitária.

13.08.2006

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