14 agosto 2006


Faz de conta.
Faz de conta que nunca me viste, que nunca me tiveste, que nunca me tiveste entre os teus braços e por entre as tuas pernas nem deleitada pelo teu corpo.
Faz de conta que nunca me conheceste, que nunca me beijaste e que nunca me possuíste.
E agora finge.
Finge que me viste pela primeira vez na rua, onde te cruzas comigo. Finge que foi pela primeira vez.
Finge que me escolheste para ser tua, esta noite.
Finge que me amaste pela primeira vez, toda e totalmente.
Finge que me beijaste pela primeira vez e os teus lábios encontraste em mim.
Finge que ao veres o meu corpo nu, tapaste a tua nudez com a minha pele, e me fizeste tua, fazendo-te meu.
Finge que ao me dares as mãos e os braços, as pernas e a língua te perdeste em mim e percorreste os meus longos e curtos caminhos à tua procura.
Finge que te encontraste em mim. E finge que foste feliz.
Finge… finge que sem mais delongas me escolheste só a mim, finge que sou a única para ti.
Finge que sou a tua vida.
Finge que hoje me escolheste e é a nossa última oportunidade.
Finge.

13.08.2006

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