24 agosto 2006


Estou exausta.
Exausta de não ouvir. Exausta de não dormir. Exausta de não te ter. Exausta de não descansar. Exausta de te partilhar. Exausta fisicamente. Exausta de não te abraçar. Exausta de ter o corpo dorido. Exausta de não te abraçar.
Exausta de não me amares.
Os dias sucedem-se. Não param. Nunca param. E tu não sentes a minha falta. Nunca sentes. E eu estou a cada dia mais destroçada.
Eu estar aqui ou não estar, para ti é completamente indiferente.
Posso dormir todas as noites no chão à tua espera, que não dás pelo meu corpo ali largado à porta, à tua espera.
Não queres saber.
Não me vês sequer.

Estou exausta de te ser invisível.

19.08.2006

Sem comentários: